Depois de passar algum tempo com o ator, uma coisa fica evidente: o astro de Lost é tudo menos uma estrela no jeito de ser. Embora já tenha vivido em Nova York e Los Angeles e agora more no Havaí, o ator de 41 anos continua da maneira como cresceu: cercado pelas tradições do Velho Oeste. Depois de ficar marcado pela participação no seriado O Quinteto [Party of Five, 1994 a 2000], no qual fazia um papel romântico, Matthew está adorando interpretar um personagem cheio de arestas como Jack. "Sempre soube que minha hora chegaria quando pudesse dar vida a homens de verdade", diz.
Mark Morrison
O seu cabelo era cuidadosamente arrumado em O Quinteto. Quem é o responsável pelo corte bem curto que você exibe em Lost?
Eu mesmo. Foi uma escolha consciente. Tenho muito orgulho de O Quinteto, mas fazia o papel de um cara que era muito suave e que tinha o que as mulheres costumam dizer que querem em um homem. Charlie era sensível, atencioso, aberto. Mas na verdade elas também gostam de quem exibe um lado mais ousado, escuro e até brutal. Raspei a cabeça assim que o seriado terminou. Foi libertador. Desde então estou adorando ter cabelo curto - não dá trabalho nenhum.
Você está com o corpo mais definido, aparenta estar mais musculoso e mais forte. Era parte de um plano?
Para falar a verdade, estava um pouco fora de forma quando comecei a gravar Lost, há três anos. Mas achei que essa seria uma boa maneira para compor o personagem de um jeito natural. Como o Jack antes de ir para a ilha era um cirurgião que enfrentava uma rotina estressante em hospitais, imaginei que provavelmente ele não se cuidasse muito. Na ilha isso foi mudando aos poucos. Meu objetivo é que nos episódios da quarta temporada [que deverão ir ao ar em 2008] ele esteja magro, sarado, parecendo uma máquina.
Falando em máquina, você ainda anda de moto?
Costumava fazer isso quase o tempo todo, mas quando minha filha nasceu minha mulher disse: "O.k., chega de moto daqui para a frente". Fiquei assim por oito anos. Comecei a trabalhar o assunto aos poucos. No ano passado comprei uma jaqueta de couro da Ducatti [marca famosa de motocicletas de corrida]. Quando saíamos as pessoas perguntavam se eu tinha uma Ducatti. Respondia que não, apenas a jaqueta. Até que um dia disse a ela: "Olha, moramos no Havaí, um lugar com estradas abertas, uma paisagem linda e nenhum trânsito."
Isso quer dizer que o Havaí é sua casa agora?
Sim. É onde minha mulher, Margherita, e meus dois filhos, Kyle, 9 anos, e Byron, 6, estão. O Havaí tem um clima que promove uma sensação de bem-estar que me deixa com vontade de fazer exercícios e de comer muito peixe. Oahu, onde vivemos, é também uma ilha sexy, voluptuosa e tentadora. Transmite uma sensação perigosa, no bom sentido.
Qual a sua descoberta havaiana favorita?
Um restaurante japonês com os melhores sushis que já provei, o Sasabune, em Honolulu.
Descreva Crowheart, Wyoming, onde você cresceu.
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Passei a minha vida inteira dizendo que a população era composta de 13 pessoas mas aparentemente o censo diz que são 123. Há uma agência central de correio, algumas bombas de gasolina e lojas de lenha. O rancho do meu pai fica no meio da Reserva Indígena de Wind River. Trata-se de uma pequena propriedade que foi transmitida legalmente pelos índios há 100 anos. No colégio que freqüentava, a maioria dos alunos era de origem indígena. Tive que lidar com muita tensão.
Você acha que a temática gay de O Segredo de Brokeback Mountain afeta a imagem do cowboy?
Gostaria de ver mais filmes ousados sendo feitos. Wyoming é um lugar muito bonito. Uma das coisas que mais prezo é poder andar no meio do nada, refletir, curtir momentos de introspecção para me compreender melhor. Ao mesmo tempo persiste uma mentalidade de terra sem lei, de Velho Oeste, que lida com o trágico. Durante o colégio perdi muitos colegas. Alguns por dirigirem bêbados, outros por tentarem o suicídio ou até brigarem no meio da rua. Isso me afetou.
Qual a sua imagem das mulheres de Wyoming?
Atléticas, com pernas longas, usando jeans justos, botas de cowboy e um cinto largo com fivela enquanto montam um cavalo. Muito sexy.
Sua mulher, Magherita, é uma ex-modelo que veio de Veneza. Como vocês se conheceram?
Foi quando estive na Universidade de Columbia [ele tem o diploma de economia]. Margherita estava nos Estados Unidos pela primeira vez e seu inglês era rústico. Fui a um restaurante com uma amiga que a conhecia também. Ela nos apresentou e nos apaixonamos loucamente de forma quase imediata.
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Há alguma expressão carinhosa em italiano que você goste de dizer a ela?
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Sim. Uma coisa que sempre falo é: "Ti amo più di tutto nel mondo." Significa: "Eu te amo mais do que qualquer outra coisa no mundo." Repito essas palavras com freqüência.
Como você se sente aos 41 anos?
Estou animado. Não penso na idade ou de que forma ela poderá vir a me afetar. Talvez fique terrivelmente surpreso, mas estou feliz e emocionado com minha vida agora e também muito agradecido.
Fonte: In Style/Setembro 2007
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"Nem preciso dizer que amei essa entrevista. Adoro o personagem de Matthew. Ele é realmente uma pessoa fantástica! Ótimo ator, mostra-se um grande homem de família e sua carreira só tem crescido, após seu papel em Lost. Muito sucesso para Matthew, pois ele merece! :)"
3 comentários:
Adorei saber mais detalhes sobre a vida de Fox. Muito legal a infância e a a juventude dele no Velho Oeste, apesar da barra pesada ele deve ter levado muitos lições pra vida de lá.
Não me surpreendo com nenhuma dessas palavras.
Agora só nos resta saber como aguentar até Fevereiro p ver essa máquina, q estará mto mais lindo de se ver, mais magro, sarado, enfim, maravilhoso.
Só posso dizer que daria tudo p estar no lugar da Marguerita!
Adoro ele, Matt Fox é The Best!!!!!
Fox é um cara incrível tbm fora das câmeras,é muito cuidadoso com a família e ama os filhos.A entrevista foi bem interessante para sabermos um outro lado da vida desse ator.
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